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A União Nacional de Agricultores do Reino Unido alerta que a agricultura em estufas na Grã-Bretanha está perigosamente perto da crise, uma vez que o país enfrenta uma escassez de algumas frutas e vegetais nos supermercados. A contínua inflação energética devido a acontecimentos trágicos na Ucrânia elevou os custos para níveis nunca antes vistos, tornando difícil para os produtores obter os retornos que justificam a plantação das suas estufas. Como resultado, muitas estufas permanecem vazias e os agricultores estão relutantes em assumir o risco de plantar culturas, não pensando que obteriam os retornos do mercado.
Ponto de crise alcançado
De acordo com Tom Bradshaw, vice-líder do Sindicato Nacional de Agricultores do Reino Unido, “as coisas acabaram de atingir um ponto crítico”. Ele acrescentou: “temos alertado sobre esse momento no ano passado”. Bradshaw afirmou que a escassez de algumas frutas e vegetais é apenas a ponta do iceberg.
Interrupções na cadeia de suprimentos
O fornecimento de produtos como tomates e pepinos provenientes do Norte de África e do Sul de Espanha foi afetado devido ao inverno mais frio do que o habitual e às interrupções nas ligações de transporte. Uma grande percentagem de algumas frutas e vegetais é importada dos dois países durante o inverno, enquanto o restante é frequentemente fornecido por estufas no Reino Unido. Contudo, à medida que os preços da energia dispararam no ano passado, foram plantados menos hectares de culturas como o tomate.
Resposta dos varejistas
Vários supermercados do Reino Unido limitaram as quantidades que cada cliente poderia comprar de algumas frutas e vegetais no início da semana, após uma escassez de importações de Marrocos e Espanha. Entretanto, alguns distribuidores e produtores independentes salientaram que a oferta reduzida de certas frutas e vegetais importados não é a única razão para as prateleiras vazias. Alguns supermercados não estão dispostos a pagar preços mais elevados por eles, arriscando-se a ter prateleiras vazias.
Preocupações do Consumidor
Com a inflação dos alimentos a atingir um recorde de 16.7% no Reino Unido, os consumidores estão a tornar-se hipersensíveis aos movimentos ascendentes dos preços. Os compradores notaram que a disponibilidade de alimentos perecíveis básicos está diminuindo cada vez mais nos últimos meses, com algumas prateleiras vazias.
Considerações Finais
À medida que a crise da salada no Reino Unido continua a evoluir, é essencial que todas as partes interessadas, incluindo produtores, retalhistas e consumidores, trabalhem em conjunto para garantir uma cadeia de abastecimento estável. Encontrar uma forma de transferir os custos para a cadeia de abastecimento e pagar o preço certo pelos produtos ajudará os agricultores a investir na produção de alimentos para o futuro. Só então poderemos garantir que a disponibilidade de alimentos perecíveis básicos permaneça constante e que as prateleiras vazias se tornem uma coisa do passado.