Às vezes, as formas mais simples de ventilação fazem mais sentido.
Temperatura e humidade – manter este equilíbrio pode ser uma fonte constante de luta para os produtores de estufas. À medida que o horário de verão chega, às vezes as formas mais simples de ventilação pode fazer mais sentido em termos de tempo e despesas.
“A ventilação natural é de longe a forma mais popular de ventilação para os modernos produtores de estufas no Hemisfério Norte”, diz Leigh Coulter, presidente da GGS Structures, com sede em Vineland, Ontário. Como ela explica, a ventilação natural é igualmente popular para estufas conectadas à calha e independentes de solo a solo, onde esse tipo de ventilação pode se destacar. Para entender o porquê, Coulter faz um desenho literal mostrado aqui.
“As aberturas de ventilação do telhado funcionam com base no princípio do efeito chaminé. O ar quente dentro da estufa sobe naturalmente. Ao colocar uma ventilação a sotavento, o vento que passa por cima da ventilação cria uma pressão de sucção que puxa o ar quente para fora da estufa. As aberturas mais próximas do solo, no lado de barlavento, permitem que o ar externo mais frio entre para substituir o ar quente que está sendo retirado.
Construídas a partir de postes mais altos, a altura das estruturas conectadas à calha permite um maior efeito de chaminé. As estufas independentes podem usar aberturas de ventilação no telhado e laterais enroladas para aumentar a quantidade de ventilação natural. Numa estufa correctamente concebida, os resultados seriam um arrefecimento uniforme da cultura, para um produto mais uniforme.
Dito isto, há situações em que a ventilação natural pode não ser tão adequada.
“Se você precisa que a temperatura da sua estufa esteja abaixo da temperatura ambiente e você está em uma zona de clima seco, então o resfriamento por ventilador e almofada é melhor do que a ventilação natural”, explica Coulter. “Mas o ventilador e o painel não funcionam tão bem em climas úmidos, então a ventilação natural é melhor nessas situações.”
Antes do pico de calor do verão, Coulter recomenda verificar o fluxo de ar das aberturas de ventilação, lubrificar os racks e realizar uma verificação de manutenção adequada. “Para visualizar o fluxo de ar você pode usar bombas de fumaça coloridas como uma solução de baixa tecnologia para ver como o ar flui pela estufa. Essa técnica também pode ser usada para ver onde há vazamentos de ar que você pode querer eliminar ou reduzir antes do inverno.”
Ela enfatiza que a ventilação é apenas uma parte do controle ambiental. “A umidade, a temperatura e os níveis de luz também desempenham um papel na determinação de como os sistemas de efeito estufa funcionam. Um bom computador ambiental obterá informações do ambiente externo e do ambiente de cultivo e determinará o que precisa ser ajustado para manter o ambiente ideal para a cultura.”
Para aqueles que desejam reformar estufas mais antigas, Coulter diz que ao longo dos anos foi possível adicionar ventilação natural a muitas estufas mais antigas.
“Tudo o que é necessário é conhecermos os detalhes estruturais da estufa existente, a localização geográfica dos dados climáticos e as culturas que você está cultivando. A partir daí podemos construir um plano com o produtor.”
Na edição de janeiro da Greenhouse Canada, os leitores foram apresentados a o conceito de 'Crescer pelo Empoderamento das Plantas' (GPE). Combinando a experiência do produtor e o conhecimento da fisiologia vegetal, o objetivo do GPE é otimizar o comportamento das plantas no ambiente de estufa, mantendo equilíbrios críticos envolvendo energia, água, CO2 e assimila dentro da planta.
Esses equilíbrios podem ser monitorados por sensores, combinados com medições da colheita e depois interpretados no contexto da fisiologia e física das plantas para ajudar a ajustar e melhorar a colheita.