Abelhas, vespas e insetos estão soltos em um “viveiro” de insetos único na Bretanha, França. Os insetos têm a missão de combater as pragas durante o processo de cultivo e ajudar a estimular a polinização.
Tudo acontece no maior produtor de tomate da França, o Cooperativa Savéol. A fazenda trabalha com 126 produtores e é conhecida por suas lavouras livres de agrotóxicos. A crescente procura dos consumidores por não utilizar pesticidas surgiu em resposta às preocupações em torno do impacto dos produtos químicos agressivos nos seres humanos e no ambiente.
A fazenda de insetos foi inaugurada em 1983, nos arredores de Brest, na França. Mas ainda hoje, a Savéol é o único produtor europeu que integrou a produção de insectos auxiliares. Esses insetos úteis podem controlar espécies nocivas, como as moscas brancas, que circulam em torno das plantas em crescimento, e os zangões garantem uma polinização eficaz de maneira puramente orgânica.
Embora a grande maioria dos tomates da Bretanha sejam cultivados em estufas, eles não se qualificam para um rótulo orgânico, que exige que as plantas sejam cultivadas em condições naturais no solo. Isso levou a Saveol a associar-se há dois anos a outras cooperativas da Bretanha, Sica e Solarenn, para promover as suas ofertas livres de pesticidas.
No geral, a utilização de insectos predadores pelos agricultores franceses disparou, com os reguladores a aprovarem 330 espécies como tratamentos de pragas de plantas no primeiro trimestre deste ano, contra 257 em 2015, segundo o Ministério da Agricultura. À medida que a procura aumenta, a cooperativa tem planos de adicionar 1,200 metros quadrados à sua fazenda de insetos em 2021.