O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, visitou o complexo de estufas do Grupo Agrokultura em Kashira na quarta-feira.
Ao inspecionar a empresa, o chefe do Gabinete foi acompanhado pelo Ministro da Agricultura da Federação Russa, Dmitry Patrushev, e pelo Governador da Região de Moscou, Andrey Vorobyov.
No local, o primeiro-ministro viu estufas com pepinos e tomates, e também foi convidado a provar estes e outros vegetais e frutos silvestres da sua própria produção. Tirando os tomates cereja da mesa de degustação, Mishustin experimentou e elogiou: “Muito saborosos!”
Ao entrar na primeira estufa, ele se aproximou e examinou os pepinos que ali cresciam, e também perguntou se essa variedade era russa. Ao ouvir falar da variedade holandesa e das dificuldades com a seleção nacional, o primeiro-ministro comentou: “Foi por isso que viemos para cá”.
Ele fez uma pergunta semelhante na segunda estufa de tomate. Disseram-lhe que as principais variedades agrícolas são importadas, mas agora estão a ser testadas as suas próprias variedades.
Anteriormente, Mishustin salientou que, no contexto de sanções externas, a Rússia precisa de desenvolver a sua própria produção na agricultura, tanto quanto possível, “começando desde sementes, medicamentos veterinários, material de reprodução até maquinaria agrícola ou equipamento para a indústria alimentar e de transformação”.
Situação financeira e de abastecimento
Depois disso, o primeiro-ministro foi informado sobre as características da produção, incluindo o controle climático automático e o sistema de biossegurança doméstico. Neste caso, por exemplo, a colheita, a liga, a triagem dos pepinos na empresa são feitas manualmente.
Mishustin perguntou também se os preços atuais dos vegetais permitem garantir a rentabilidade da produção. Segundo representantes da fábrica, nesta temporada os custos estão crescendo mais rápido que o custo de produção, por isso nem tudo está fácil com as finanças.
O chefe do Gabinete lembrou que existem ferramentas especiais de apoio através do Ministério da Agricultura e da região para superar tais dificuldades. Ele também aconselhou monitorar de perto esta situação.
Além disso, o primeiro-ministro esclareceu se agora existem problemas com componentes e equipamentos importados no contexto de sanções. Segundo representantes da empresa, devido a restrições, o braço de entrega foi alongado, por isso os componentes precisam ser encomendados com antecedência. Além disso, segundo eles, para alguns cargos, a fábrica passou a focar em fabricantes russos e asiáticos.
Sobre o complexo de estufas “Grupo Agrocultura”
O “grupo Agrokultura” é líder da região na produção de hortaliças frescas em estufas. Foi fundada em 2014 e tem como objetivo, entre outras coisas, substituir produtos importados no mercado interno.
O complexo de estufas utiliza modernas tecnologias de cultivo, métodos biológicos de proteção fitossanitária, observando rigorosamente o controle sanitário. É gaseificado, abastecido de forma autónoma com eletricidade, água para rega e fins técnicos. O quadro de funcionários da empresa é de cerca de 1,500 pessoas. A principal equipe de gestão e quadros são formados por especialistas com formação superior especializada e significativa experiência profissional. Já foram totalmente implementadas cinco etapas da planta, sendo que a última delas entrou em operação no final de 2021.
A área total das estufas hoje é de cerca de 100 hectares. Ao final de 2021, a empresa recebeu 62 mil toneladas de hortaliças. Os produtos são vendidos por meio de empresas atacadistas e redes varejistas federais. 90% dos produtos são fornecidos para Moscou e região de Moscou, 10% – para outras regiões do país.